21 de dez. de 2008

Diva CaRoL

Gravas-me no corpo inusitados gozos da alma com tua férrea vontade de derrotar a nudez. E eu, indefeso
perante tua arte de amar, tua beleza bailarina no escuro vendado do quarto.
Quero ser a obra e sou a matéria com que trabalhas, o trémulo modelo desengraçado
a quem conferes a helénica perfeição. Descansa assente em meu joelho um manto em que derramo
o meu júbilo de partilharmos olhares. Sou teu, confesso a medo, talvez tu já não me queiras.
És minha, digo sem convicção, porque é tua tão grande arte e minha execução tão
frágil que não posso adiar que me deites as mãos outra vez.
Sou tua criatura, trágico na concepção, morto para que me dês vida com tuas ferramentas.
Que dês forma sólida a minha alma, ainda um bloco pétreo para que o queiras trabalhar.
Esculpes minha figura débil com teu escopro de mão na pele. Pintas-me por dentro com a fluidez das tintas de tua dança,
que te enlaça e balança sobre a carne. Teus cabelos um pincel que traça meu destino de tela.
Marca-me, desenha-me, deixa-me tua assinatura e se não gostares do que de mim fizeste,
rasga-me, rompe-me, não me deixes para recolher o pó do ateliê enquanto aplicas
nova técnica noutra intocada tela de homem.
Outros se galvanizam sonhando serem feitos criações de tua sábia oficina.
Tuas ariscas mãos de menina, teu langor atrevido de mulher,
deixa-me ser teu domínio, princesa, digo rainha, senhoril possuidora do vasto império da tentação domada.
Imperatriz de faz-de-conta, teu jeito de actriz, mentindo o prazer,
oculta nas vermelhas cortinas do leito. Faz de mim o estrado pisado, a noite de abertura que se repetirá por longos e longos dias,
a peça decorada, o desafio do papel, a dramaturgia, a trama, o enredo, o ponto.
Declama minhas frases, meus medos, meu drama de paixão. Recolhe meus aplausos, aceita minhas rosas,
postas no teu camarim com um postal que me revela oculto: o teu admirador secreto.
Como se ao fundo, escondido nas galerias ou no alto do camarote,
plebeu ou nobre, te espreitasse ao longe o decote. Bravo, grito, bravo, é a peça que termina,
minha derrota da ilusão. Seria bom ser assim para sempre, ser verdade a representação,
tua dissimulada morte de amor, tua inclemente paixão, teu desejo febril, e a tísica ou
a tuberculose que te teria feito saciada apenas por mim, o teu primeiro homem ou o
teu jovem amante, que te devolve ao amor, sacando-te aos braços
do teu hórrido e velho marido.
É tua imensa perícia que me sacia e faz temer a multidão, que se
enredaria em teu ofício, assim soubesse existires como te vejo.
Clamorosa diva, artesã do meu desejo.

5 de nov. de 2008

Ibama multa e embarga extração de areia sem licença

O Escritório Regional do Ibama em Vilhena/RO multou e embargou, hoje de manhã, a empresa Checoni e Checoni Ltda por extração de areia e cascalho sem licenciamento ambiental na localidade de Nova Conquista, Distrito de Vilhena, extremo sul de Rondônia, divisa com o estado do Mato Grosso. A existência de danos em área de preservação permanente também foi motivo para autuação. No conjunto das duas infrações ambientais, a multa atingiu o valor de R$ 625 mil reais, sendo que os responsáveis pela empresa que estava retirando o material da área terão que recuperar o dano ambiental integralmente.

A empresa tem vinte dias para pagar a multa ou apresentar defesa. O coordenador da operação de fiscalização, Analista Ambiental Carlos Mergen, relata que “o dano na Área de Preservação Ambiental (APP) foi grave. O igarapé degradado é tributário do Rio Cabixi, importante berçário da bacia do Rio Guaporé em Rondônia”. A extração de areia e seixo estava funcionando em ritmo intenso, sendo que os equipamentos serão apreendidos nos próximos dias a partir do embargo da atividade.

Fonte: Ibama

31 de out. de 2008

A Família.

A família e o medo de perdê-la.

O filósofo Luc Ferry, escreveu recentemente no seu livro, “Famílias, Amo Vocês”, referindo que “a família é única coisa que resta de sagrado no mundo”, Referiu ainda, que “os únicos seres pelos quais arriscaríamos a vida no mundo de hoje são aqueles próximos de nós: a família, os amigos e, em numero bem menor, pessoas mais distante que nos causam grande comoção”,

Mais adiante em discorrer sobre os dilemas da sociedade contemporânea, e sem, aparentemente, relacioná-lo ao tema central, ele fala sobre o medo. “Nós, ocidentais, temos medo de tudo (...) todo ano se acrescenta um novo medo aos anteriores”, diz.

Nada é por acaso que os dois temas – família e medo – foram tão enfatizados, porquanto, entendo, intimamente ligados. Só se tem medo de perder aquilo que nos é mais caro, o que nos é valioso. Posso testemunhar que, depois da paternidade, passei a ser muito mais cauteloso e cuidadoso do que antes de gerar aqueles que considero os meus maiores bens, os meus filhos.

E seguindo o pensamento do filósofo, vou além. Acho que o conceito de família se ampliou, abrangendo não só os que se unem pela consangüinidade, mas também peã afinidade e amizade.

No caso dos meus filhos e de muitos do seu grupo, que são de uma geração em que o conceito tradicional de família se modificou, dando lugar, em muitos casos, a lares de pais separados, os amigos se tornaram a sua segunda família. Porque se identificam, eles se unem.

Em Luc Ferry, e o medo de perder um ente querido, concluo que não podemos mais viver sob o medo da insegurança, que assombra a nossa família, qualquer que seja a estrutura e o formato que ela tenha. Ela não pode viver constantemente sob a ameaça da violência urbana e humana.

Ego O que devemos.

Crimes de ego envolvimento.

“Conhecer a distinção conceitual faz diferença no momento de tentar dissuadir o agente”.


Já na antiguidade – a começar por Platão – via-se o crime como sintoma de uma doença cuja causa seria tríplice: as paixões (inveja, mentira, ciúmes, ambição, cólera), a procura do prazer e a ignorância.

Um pouco adiante nos tempos, dentro da criminologia psicanalítica, encontramos Freud dizendo que o homem é, por natureza, um ser a-social, concebendo a criança como um perverso polimórfico que Stekel denominava de criminoso universal e que se extrai das teorias psicodinâmicas que tentam explicar o crime.

Estas teorias vêem no processo psicótico do delinqüente que se imagina maltratado, perseguido, agredido e por isso em uma situação de “legitima defesa” contra determinada pessoa - a vitima – e situações que nenhum vínculo têm com suas fantasias e perturbações. Mas projeta o infrator sobre a vítima seus próprios instintos recalcados, seus motivos inconscientes.

É nesse patamar que se viu uma prática desastrosa e um crime serem perpetrados contra vítimas indefesas. E é a questão da vitima, teórica e concretamente considerada, que poderia fazer diferença no desfecho.

É que não se considerou que crimes há de grande ego involvimet. E que pressupõem eles uma relação de grande proximidade e conflitualidade entre delinqüente e vítima ou o objeto do crime em geral. Conceito tais não podem ser perdidos de vista por quem lida com o crime, seja o policial, o Ministério Público ou o Juiz. Sem a noção deste aspecto, perde-se de vista o padrão de conduta que, se conhecido, se pode prever o que poderá vir a fazer o agente criminoso.

É um conceito que corresponde sensivelmente ao de crimes de vitimas imposta (pela essência psicótica) que são, tendencialmente, os crimes violentos contra pessoas. Inversamente. Já os crimes contra o patrimônio são, por principio, crimes de vítima escolhida. Neste não há qualquer vínculo anterior entre vítima e agente, em principio.

Conhecer a distinção conceitual faz a diferença no momento de tentar dissuadir o agente, proteger a vítima e no de denunciá-lo ao juiz e para este ao julgar o caso. Ao agente que furta, em principio, não é a pessoa da vítima importante, mas sim bem que objetiva subtrair, ao contrário dos casos de vítima imposta, pois, nestes casos, é esta que importa.

Assim, é equivoco compreender e tratar um agente mobilizado por grande envolvimento (ego envolvimento, com vítima imposta) como se estivesse frente a caso de vítima escolhida. E isso porque e, caso de seqüestro, por exemplo, se o agente foge e seqüestra (vítima escolhida) o faz para se proteger. Ele precisa manter a vítima para o sucesso do seu proceder. Já no caso de seqüestro com vítima imposta, o enfoque e o proceder devem ser de acordo com o que mobiliza emocionalmente o agente para a prática delituosa porque assim ele age para causar sofrimento, dano à vítima. O resultado, então, pode ser previsto.

24 de out. de 2008

Sentido sem Sentido.

Nossos Sentidos sem sentidos.


Para Caroline Mentz:


Sentidos, nossos sentidos perderam seu sentido. Com tanta gente em volta e com toda tecnologia disponível, eis que retornamos a tempos primevos: perambulamos sozinhos na caverna. A caverna da redoma que nos faz cativos da agenda e, atossicados pela pressa do relógio, atiça a compulsão pelo isolamento na ânsia da disputa pelo pódio do êxito pessoal que nos separa das pessoas e impede a percepção do abismo no entorno. No mecânico consumo da vida sequer notamos que é a vida que nos consome. E dessa maneira transfiguramo-nos em artistas autistas.

Sim, tornamo-nos cegos ao não avistar e tampouco reconhecer o mundo ao lado. Em algum lugar sepultamos a sensibilidade de apreciar e de se deslumbrar frente às telas buriladas pelo esplendor do amanhecer ou pela suavidade do pôr-do-sol ou ainda pela magia da floração dos jacarandás sob a cadência do canto mavioso das aves. A cegueira, agregada ao nosso estoicismo, é conseqüência direta da hipnose forjada pelos artificiais encantos das telas da TV e imagens on-line.

Estamos surdos pelos decibéis da babel urbana adicionados ao paradoxo da nudez instaurada quando substituímos a franqueza do diálogo vis-à-vis pela frieza do bate-papo distante via internet e pelas mensagens cifradas do celular.

O paladar já nem percebe a qualidade dos sabores de outrora. Os atuais provocam náuseas com as informações que nos empanturram sem possibilidade de digeri-las e sem nos alimentar: ao revés, nos deixam mais famintos, mais solitários, menos solidários.

O olfato há muito não degusta o perfume da madressilva ou a fragrância dos jasmins ou o cheiro da terra molhada ou do pasto orvalhado porque impregnou-se do odor da degradação, nela compreendida a inhaca do indecência.

E o tato do contato com o afago, do aperto de mão, do abraço estreito, do calor do beijo, faz-se insensível ante o efeito mal-feito do anestésico aplicado pelo punho cerrado sempre a postos para o golpe (em toda Amplidão que a palavra possa Expressar).

Nessa irrealidade real é pueril entender a vigente adoração pelos valores sem-valor. O apetite da riqueza material nos conduziu à indigência existencial. Daí essa idolatria por nádegas fornidas, pernas roliças, bustos avantajados, corpos sarados. Não por outra razão que assim vamos massificados, coisificados, robotizados, bigbrotherizados e relegados ao papel inferior de artífices da cultura do “eco oco”. O produto desse deserto de valores vem com a safra de frustrações pessoais que a seu turno conduzem a crises de ordem vivencial-sentimental em forma de ansiedade, depressão, irritação, pensamentos obsessivos e neuroses quase coletivas.

A diferença só ocorrerá se afastarmos nossa indiferença. Quando é repetida – com procedência se, dividas – a obrigatoriedade de maior incentivo à saúde e a educação, faz-se imperioso educar mais o coração e proporcionar mais saúde à alma em homenagem à própria condição humana. Urge redescobrir-se a visão, a sinfonia, o tempero, o aroma e as sensações que dão o tom à vida. É indispensável reencontrar as alegrias simples, como a do amor, desenvolver o dom do perdão, recuperar a solidariedade, superar o individualismo, realimentar o senso comunitário. Em resumo, e apesar do risco de sermos considerado démodé, necessitamos voltar a ser mais românticos.

Rogando desculpas à ousadia, impões-se discordar de Sartre quando prega que a vida é um absurdo. Afastemos portanto nossa letargia a fim de reativar e energizar os sentidos: estes devem retornar à função de dar sentido à vida. Pois a vida tem sentido sim.

29 de set. de 2008

CAMPANHA DE CADASTRO DE MEDULA ÓSSEA

DIA 04/10 sábado
das 9 até 18h
Novo Hamburgo-Praça das Pombas!!!!!


IMPORTANTE


* ter mais que 50Kg
* Nao ter doença infecto-contagiosa
• Ter entre 18 e 55 anos
• Portar documento de identidade

PROCEDIMENTO

• Preencher o formulário de cadastramento
• Coletar 10ml de sangue

15 de set. de 2008

FRACASSA CAMINHADA PELO DESARMAMENTO

Prof. Bene Barbosa - Movimento Viva Brasil


"Mais uma vez tentaram fazer parecer que a população quer o que na realidade ela não quer.

Algumas coisas parecem realmente difíceis de entender e aceitar. Enfiaram goela abaixo do povo brasileiro a Lei 10.826 em dezembro de 2003. Tal lei ficou conhecida como Estatuto do Desarmamento, embasada na falsa premissa que era isso que a população queria. Em 2005 foi realizado o referendo para a proibição da venda de armas. Acima de 60 milhões de eleitores votaram contra a essa proibição, ou seja, votaram a favor da manutenção do direito de posse de arma de fogo.

Quase três anos depois do referendo, o desrespeito à vontade popular ainda está presente em diversos projetos de lei que tentam proibir o que o povo brasileiro não quis que fosse proibido e, o que é pior, na manutenção de uma lei que na prática impede que o cidadão honesto se defenda.

A eterna novela do recadastramento já se arrasta desde 2006 e pelo que parece não acabará em 31 de dezembro deste ano como era previsto, uma vez que o Ministério da Justiça está fazendo o possível para que ninguém consiga recadastrar sua arma, negando assim ao cidadão um DIREITO conquistado nas urnas.

Neste fim de semana algo chamou ainda mais a nossa atenção. Uma caminhada pelo desarmamento que aconteceu em Fortaleza promovida por mais uma dessas ONGs que acredita que camisetas brancas impedem ou mudam os criminosos.

De acordo com os organizadores, na versão anterior da caminhada compareceram 40 mil pessoas e nesta compareceriam mais de 60 mil. O principal objetivo era o recolhimento de assinaturas em favor do chamado Estatuto do Desarmamento.

Ocorrida a caminhada, dois grandes jornais do nordeste publicaram a notícia. Num deles algo me chamou a atenção: não falavam em números. No segundo, a confirmação: apenas duas mil e quinhentas pessoas compareceram, contando com inúmeros candidatos que aproveitaram a chance para espalhar suas propagandas eleitorais.

O Estatuto do Desarmamento fracassou em controlar os homicídios e estatísticas não “trabalhadas” provam isso. A tentativa de enganar a população para que votasse “sim” fracassou magistralmente. E agora, o fracasso nas ruas.

O que a população quer é o fim da impunidade e a viabilidade do direito de se defender, mas parece que ninguém quer entender."

24 de ago. de 2008

Recadastramento de Armas.

Dia 24 de agosto o Ministério da Justiça lançará sua campanha de recadastramento, que o próprio ministério chama de 3ª Campanha de Desarmamento.



A primeira coisa que chama atenção é que o que deveria ser uma campanha pela legalidade e pela preservação de um DIREITO do cidadão, passa a ser uma campanha de entrega de armas mais uma vez baseada em dados desencontrados e em um argumento fantasioso para não dizer mentiroso de que haverá a diminuição das chamadas “balas perdidas”!



Mas não para por aí, alguns jornais de grande circulação publicaram que: “Em 2006, o Congresso derrubou a proposta de uma lei que proibiria o comércio de armas.” (O Estado de S. Paulo – 22/08). Ou seja, para o Ministério da Justiça e para o esse grande jornal, o referendo de 2005 não existiu!



Voltemos aos números apresentados, desde 2005, com o amplo debate sobre a questão do direito de possuir armas, o governo tem soltado números diferentes, falou-se em 20 milhões de armas, depois em 17, em 10 milhões e agora surge um novo número: 6,5 milhões de armas registradas e 800 mil ilegais. Abrimos aqui um parênteses: gostaríamos de saber qual a formula mágica para se saber o número de armas ilegais pois se ilegais são, não estão registradas em nenhum lugar.



Propositadamente deixei por último, o pior de tudo: Por qual motivo o cidadão de bem deve entregar sua arma? Para o Ministério da Justiça é para diminuirmos as chamadas balas perdidas. Se tal informação não constasse do próprio site do Ministério, custaríamos a acreditar que alguém, em sã consciência poderia utilizar algo mais infundado. É notório que as chamadas “balas perdidas” advêm de duas exclusivas situações: 1) De tiroteios entre criminosos e policias, deixando claro que são os criminosos que não possuem a preocupação de matar inocentes e; 2) De tiroteios entre criminosos.



Sendo assim, qual é a lógica de que alguém entregando sua arma estará contribuindo para a diminuição destas ocorrências? Ou seriam os trabalhadores, pais de família, aposentados que estariam em momentos de loucura atirando para todos os lados? Ou então, os criminosos entregarão suas armas? Mais uma vez o povo está sendo chamado de burro, de palhaço, de ignorante. Isso é inaceitável. Somos uma nação de vítimas e não de criminosos.



O Movimento Viva Brasil, que sempre trilhou o caminho da legalidade espera que a população não seja enganada em mais esta farsa. Se você possui uma arma de fogo, RECADASTRE GARANTINDO ASSIM O SEU DIREITO!

TOTALMENTE GRÁTIS, SEM BUROCRACIA, SEM TESTE PSICOLÓGICO E SEM TESTE PRÁTICO


Mais informações para recadastrar sua arma:
http://www.movimentovivabrasil.com.br/campanhas/CAMP_REC.php

Para aqueles que ainda batem na tecla desgastada de que uma arma não traz segurança clique no link abaixo e veja as duas notícias para que você reflita e faça sua escolha.

2 de mai. de 2008

O que é Maçonaria?

Esta pergunta é feita diariamente por milhares de pessoas espalhadas pelos quatro cantos do mundo, quer sejam maçom, ou não. Na verdade pouco se sabe sobre a origem da maçonaria que se perde na origem da história ocidental. O grande marco conhecido, que formatou a maçonaria como ela é hoje, foi o humanismo Francês. Nos primórdios da humanidade o conhecimento era restrito a grupos de pessoas que dominavam as artes, as técnicas construtivas, a escrita, as leis humanas e divinas. Estas pessoas, com o intuito de aprimorar e compartilhar seus conhecimentos, se agruparam em torno de corporações voltadas para a arte da construção. Alias o termo maçom é uma palavra que significa pedreiro. Na antiguidade os maçons foram os construtores do mundo. A partir do iluminismo Francês e em contra ponto ao obscurantismo da idade média, com o objetivo de manter vivo e efervescente o conhecimento, os filósofos e pensadores se aproveitaram das corporações de construtores para criar o que denominaram de maçonaria especulativa. Seriam os construtores não mais de obras, mas sim do homem e, por conseguinte da humanidade.

No Brasil a história da maçonaria se confunde com a própria história do país. Ao defender e difundir os conceitos de Liberdade, Igualdade e Fraternidade a maçonaria plantou nos Brasileiros e nos povos da América conceitos de democracia e da coisa pública definidos na antiga civilização Grega. Estes conceitos criaram as repúblicas ocidentais, os sistemas econômicos, a teoria evolucionista, a filosofia cartesiana, a democracia, enfim as bases estruturais da cultura e do desenvolvimento ocidental. Por indução da maçonaria e iniciativa de maçons, ocorreram a inconfidência mineira, a independência, a revolução farroupilha, a lei do ventre livre, a libertação dos escravos e a criação da republica. Foram maçons, Álvares Maciel, Padre Feijó, José Bonifácio de Andrada, Dom Pedro I, Duque de Caxias, Bento Gonçalves, Garibaldi, Barão de Mauá, Marechal Deodoro, Gonçalves Ledo, Joaquim Nabuco, frei Caneca, Quintino Bocaiúva, dentre tantos outros.

Em uma maneira simplista podemos dizer que a maçonaria é um país dentro de outro país. Um país onde não há analfabetos, não há fome e onde se cultua a liberdade de expressão, o livre arbítrio, o conhecimento, a fraternidade e a igualdade de todos perante a lei. Um país que busca constantemente a verdade na sua forma direta e objetiva, sem paixões políticas, religiosas ou pré-concebidas. É à busca do homem em si mesmo. O grande segredo da maçonaria não existe e, pela lógica cartesiana, não há como divulga-lo. Ao nos irmanamos em busca da verdade e da liberdade temos como ponto de partida o conhecimento de nós mesmos e obviamente, este conhecimento próprio é restrito ao indivíduo. Existe um antiqüíssimo mito no Nilo em que Osíris, que representa a vida universal, morre e sua irmã Lis o faz engolir o olho do gavião e, mal o olho penetra no cadáver, Osíris renasce porque nele entra a visão. Viver é, antes de nada, ver-se a si mesmo. Em síntese ninguém, a não ser nós mesmos e o criador, nos conhecem. Para se ter uma noção de nossos princípios, Péricles em 431 anos antes de Cristo disse:

" Somos amantes da beleza sem extravagâncias e amantes da filosofia sem indolência. Usamos a riqueza mais como uma oportunidade para agir que como motivo de vanglória; entre nós não há vergonha na pobreza, mas a maior vergonha é não fazer o possível para evita-la. Ver-se-á em uma pessoa ao mesmo tempo o interesse em atividades públicas e privadas, e em outros entre nós que dão atenção principalmente aos negócios não se verá falta de discernimento em assuntos políticos, pois olhamos o homem alheio as atividades públicas não como alguém que cuida apenas de seus próprios interesses, mas como um inútil; ..... decidimos as questões públicas por nós mesmos, ou pelos menos nos esforçamos por compreendê-las claramente, na crença de que não é o debate que é empecilho á ação, e sim o fato de não estar esclarecido pelo debate antes de chegar a hora da ação. Consideramo-nos ainda superiores aos outros homens em outro ponto: somos ousados para agir, mas ao mesmo tempo gostamos de refletir sobre os riscos que pretendemos correr; para outros homens, ao contrário, ousadia significa ignorância e reflexão traz a hesitação. Deveriam ser justamente considerados mais corajosos aqueles que, percebendo claramente tanto os sofrimentos quanto ás satisfações inerentes a uma ação, nem por isso recuam diante do perigo. Mais ainda em nobreza de espírito contrastamos com a maioria, pois não é por receber favores, mas por faze-los, que adquirimos amigos. . . .Enfim, somente nos ajudamos aos outros sem temer as conseqüências, não por mero cálculo de vantagens que obteríamos, mas pela confiança inerente á liberdade."

Neste sentido a maçonaria sempre constante e presente na luta para fortalecer o conhecimento individual de tal sorte que ele produza um conhecimento e uma mobilização coletiva, tem estado presente em todos os rincões do país e do mundo fazendo prevalecer a máxima do homem como símbolo de pensamento e bem estar, como obra do Grande Arquiteto do Universo.

Hoje continuamos reféns das encruzilhadas da vida que nos fazem prisioneiros do nosso próprio desenvolvimento pois, crescemos nos descuidando dos conceitos de justiça social, de liberdade e de igualdade de oportunidades. Como disse Marx, na célebre Carta ao Povo: "O domínio do homem sobre a natureza é cada vez maior; mas, ao mesmo tempo, o homem se transforma em escravo de outros homens ou de sua própria infâmia. Até a pura luz da ciência parece só poder brilhar sobre o fundo da tenebrosa ignorância. Todos os nossos inventos e progressos parecem dotar de vida intelectual as forças materiais, enquanto reduzem o ser humano ao nível de uma força material bruta".

Se o comunismo não prosperou por não criar um mecanismo eficiente de produção de riquezas, o capitalismo encontra-se em xeque por não conseguir criar um eficiente mecanismo de distribuição das riquezas produzidas. É perversa a nossa posição de bem sucedidos em contraponto dos milhares de marginalizados. Chega a ser uma afronta á nossa inteligência e é absolutamente irracional.

Neste sentido começamos a perceber que isto não conduzirá a humanidade a um bom lugar. O nosso desafio se consiste em inserirmos todos nas riquezas que as tecnologias eficientemente conseguem produzir. Hoje já podemos dizer que temos tecnologia para produzir de modo sustentável riquezas suficientes para saciar todos. O que nos falta é entendermos que nisto se apoiará á paz, a harmonia e a felicidade tão necessárias aos indivíduos, quanto imprescindíveis para a humanidade.

Neste momento histórico está sendo lançada a Ação Maçônica Internacional aqui, em Belo Horizonte e, pela primeira vez o Grande Oriente do Brasil transfere o Poder Central da Maçonaria Gobiana para, irmanado com as Grandes Lojas Maçônicas e o Conselho Maçônico Brasileiro, discutirem uma proposta, e uma ação da maçonaria no intuído formar uma nova e necessária consciência dos ricos em relação aos pobres, quer como paises, quer como indivíduos.

Temos a convicção de que não se trata apenas de um problema dos governantes mas sim de um problema daqueles que detêm o conhecimento e as fórmulas econômicas e tecnológicas para aplica-lo e distribuí-lo a todo o planeta. Em suma é um problema de toda a sociedade organizada, é um problema nosso.

Hoje já podemos, dentro do seio da maçonaria, falar em organização da sociedade civil de interesse público, em parcerias público privadas, em organizações não governamentais como uma clara vontade dos cidadãos em auxiliar o estado numa tarefa que transpõe suas fronteiras e sua capacidade administrativa.

Se nós maçons, privilegiados que somos, nos furtarmos a tal empreitada, com certeza estaríamos traindo nossos príncípíos basilares.


Fraternalmente,

Eduardo Teixeira de Rezende
Presidente Assembléia Maçônica GOEMG
Presidente Conselho Gestor da Ação Maçônica Internacional





Apresentamos aqui A Maçonaria, uma instituição filosófica, filantrópica, progressista e iniciática, que tem por objetivo contribuir para a EVOLUÇÃO do ser humano, combatendo os vícios, o obscurantismo, o despotismo e todo e qualquer tipo de injustiça. Sua ação se baseia na tríade:

"Liberdade, Igualdade e Fraternidade".

"A maçonaria é a entidade mais sublime que conheci. É uma instituição fraternal, na qual se ingressa para dar e que procura meios para fazer o bem, exercitar a beneficência, como um dos processos para conseguir-se a perfectibilidade objetiva. Será extraordinariamente sublime se a maioria dos gênios da ação e do pensamento pertencerem à Maçonaria." (Voltaire)

"A mais sublime de todas as Instituições é a Maçonaria, porque prega e luta pela Fraternidade, que cultiva com devotamento; porque pratica a tolerância; porque deseja a humanidade integrada em uma só Família, cujos seres estejam unidos pelo Amor, dominados pelo desejo de contribuir para o Bem do próximo. É uma honra para mim ser Maçom". (Abrahão Lincoln)

25 de abr. de 2008

CÂMARA APROVA MP 417

RECADASTRAMENTO DE ARMAS - CÂMARA APROVA MP 417

Os deputados aprovaram, na noite desta terça-feira (22), a Medida Provisória (MP) 417, que regulariza, através do recadastramento as armas de fogo em poder da população.

A íntegra do projeto que segue agora para o Senado pode ser lida no link abaixo:

http://www.camara.gov.br/sileg/integras/555481.pdf

O Movimento Viva Brasil aponta pontos positivos e negativos no projeto:

Pontos positivos:

1. Gratuidade e desburocratização do recadastramento para armas com registro estadual

2. Anistia para armas de calibre permitido

3. Registro provisório emitido via Internet no site da Polícia Federal

4. Doação de armas apreendidas para as Forças Armadas e Instituições Policiais

5. Porte de arma, fornecida pela corporação ou de propriedade particular, dos integrantes das Forças Armadas; das polícias civil, federal, rodoviária federal, ferroviária federal, militar e dos corpos de bombeiros; da Agência Brasileira de Inteligência (Abin); do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República; e das polícias legislativas da Câmara e do Senado agora valem em todo o território nacional

Pontos Negativos:

1. O legislador acabou não incluindo os registros emitidos pela Polícia Federal e que também precisam de recadastramento, assim, para esses casos, o processo continua caro e burocrático

2. Não extensão do porte de arma fora do serviço para Guardas Municipais e Agentes Prisionais

3. Essas regras só valem para o primeiro recadastramento, lembrando que em três anos um novo recadastramento deve ser feito. Na realidade, o que o legislador fez foi prorrogar um grande problema

4. Não devolução dos valores já pagos por quem já iniciou ou fez o recadastramento

Esperamos que os nossos Senadores corrijam estes problemas.

contato@movimentovivabrasil.com.br

24 de abr. de 2008

Comando da Amazonas BR


O general Augusto Heleno Pereira tem experiência política, tem comando da tropa, tem respeito da oficialidade e agora conquista a admiração da sociedade civil. Está em suas mãos, hoje, o mais importante comando do Exército Brasileiro: o Comando Militar da Amazônia. O general fala como um democrata. É um democrata. Opina sobre o que conhece melhor do que qualquer trotskista vagabundo atrás de um copo de scotch. É o patriotismo de volta ao noticiário, defendido por um militar que não tem vergonha da sua farda e da sua biografia. Augusto Heleno Pereira, 60 anos, formou-se oficial do Exército na arma de CAVALARIA. Entre outros cargos, foi chefe de gabinete do Comandante do Exército, chefe do Centro de Comunicação Social do Exército, adido militar do Brasil na França e comandante da Força de Paz das Nações Unidas no Haiti.

Deixem o homem falar. Ele é um brasileiro de bem. Ele não esconde os seus gastos com cartões corporativos. Ele não monta dossiês para inibir investigações de crimes contra os cofres públicos. Ele não participou da construção de uma sede do PT com dinheiro do jogo do bicho. Ele não enrola uma sucuri no pescoço para conseguir uma boa foto na capa do Estadão e turbinar candidatura. Ele não usa o discurso de outros para fomentar a perseguição mesquinha, como fizeram hoje no Senado. Ele não vende a sua consciência. Deixem o homem defender o Brasil.

Enviada pela equipe do Superinformativo.

22 de abr. de 2008

Educação, qual forma?

"Graças ao relativismo ético,a nossa sociedade renunciou à sua função educativa.A família não educa, a escola não educa, o contexto civil não educa.
De facto educar significa conduzir, apontar um caminho, mas, para isso, haveria que saber o rumo a seguir.Como se pode apontar um caminho, se a vida é um vaguear sem destino, se não há limites a respeitar, horizontes a atingir?
Portanto,mais vale confiar no acaso, a bondade natural do ser humano fará o seu papel e do resto tratarão os acontecimentos com que iremos deparar, que nunca serão bons, nem maus e de que, além do mais, não serão minimamente responsáveis.
A tarefa principal dos pais modernos parece ser apenas a de não criarem obstáculos (que poderiam provocar traumas incuráveis), não estabelecerem limites (para não correrem o risco de cortar as asas à natural criatividade infantil).Pensa-se que será a sabedoria inata da criança a fazê-la escolher o caminho que a levará a realizar-se da melhor forma.
Há um belíssimo provérbio africano que diz: «Para se educar uma criança, é preciso uma aldeia inteira.»
E é mesmo assim, precisa-se da variedade e da diversidade das relações e, ao mesmo tempo, da coesão de uma comunidade que respeita e faz respeitar as suas leis.
Talvez seja por isso que a acanhada família mononuclear, apesar de todos os seus cuidados e subtilezas pedagógicas, gera, na maior parte dos casos, crianças eternas, capazes de conjugar até ao infinito um único e importuno verbo: «EU QUERO». "

7 de abr. de 2008

Custos na empresa

Saiba como fazer seu Mapa de Custos


O mapa de custos é uma grande ferramenta utilizada na formação do preço de venda. Através deste mapa, conhecido por RKW, todos os custos da empresa (salários, despesas, depreciações, etc.) são localizados em centros de custo e convertidos em tarifas horárias.

A partir de instruções - passo a passo - você será capaz de construir o mapa de custos de sua própria empresa. Além de acompanhar as instruções observando um mapa modelo, você poderá recorrer às definições conceituais e exemplos que acompanham este artigo.

Em caso de dúvida, envie sua pergunta para a CALCGRAF pelo e-mail custos@calcgraf.com.br.

SEU MAPA DE CUSTOS - PASSO A PASSO
Acompanhe no Mapa Modelo, em anexo, os passos abaixo. Os termos grifados estarão detalhados no item Conceito.

1º Divida sua empresa em centros de custo (auxiliares, produtivos ou administrativos).
2º Lance todos os funcionários, alocando-os aos centros em que trabalhem.
3º Some os salários por centros de custo e adicione 70% de Encargos Sociais.
4º Calcule sua depreciação mensal por centro de custo e lance na coluna respectiva.
5º Lance as despesas, rateando sua distribuição por centro de custo.
6º Some as despesas por centro de custo, inclusive a depreciação.
7º Para encontrar seu custo fixo por centro de custo, some as linhas: Salários + Encargos e Soma das Despesas.
8º Distribua os custos fixos dos centros auxiliares e administrativos para os produtivos.
9º Para cada centro de custo produtivo, defina sua capacidade de horas produtivas por mês.
10ºE, finalmente, para encontrar seu custo/hora por centro de custo, some: Custo Fixo, Rateios Auxiliares e Administrativos e divida o resultado pelas Horas Produtivas.

CONCEITOS
o Centros de Custos (CC)
São os setores da empresa que tenham funções produtivas bem definidas.
Ex.: Fotolito, Editoração Eletrônica, Impressão, Dobra, Alceamento, etc..

Podemos classificar os CC em Auxiliares, Produtivos ou Administrativos.

Auxiliares : São os setores que têm função de apoio aos demais setores.
Ex.: Almoxarifado, Fábrica Geral, Corte.
Para que seus custos sejam considerados, os centros auxiliares são rateados aos produtivos, proporcionalmente à sua utilização.
Ex.: Almoxarifado : 10% para a pré-impressão, 70% para a impressão e 20% para o acabamento.

Produtivos : São os setores que participam diretamente do processo produtivo, permitindo a
definição das horas consumidas na produção de um produto.
Ex.: Fotolito, Impressão, Acabamento.
Caso a empresa tenha equipamentos com características equivalentes ou grupo de profissionais que executem operações manuais, poderá aglutiná-los em um único CC.

Administrativos : São os CC de apoio que executam atividades de caráter gerencial e
Administrativo.
Ex.: Vendas, Administração em geral.
Assim como nos CC Auxiliares, os custos Administrativos serão distribuídos para os Produtivos.

o Funcionários
Devem ser considerados os salários brutos.
Ex.: Um impressor recebe mensalmente R$ 1.500,00, porém, sua receita líquida mensal é de R$ 1.350,00. Para efeito de custo, devemos considerar R$ 1.500,00.

Caso o funcionário trabalhe em mais de um setor, seu salário deverá ser distribuído proporcionalmente entre eles.
Ex.: Joaquim, Encarregado de Produção : 50% de seu tempo é dedicado ao setor Offset ½ bi, os demais 50% estão distribuídos entre Pré-Impressão e Acabamento.

o Encargos Sociais
Os encargos sociais representam as obrigações legais da empresa sobre os salários de seus funcionários.

Cálculo:
INSS empresa (seguro acidente do trabalho, Incra, Senai,
salário educação, etc.) 27,8%
FGTS 8,0%
Férias + encargos 14,1%
13º Salário + encargos 11,3%
Estimativa para eventuais (salário maternidade, ausências
Remuneradas, etc.) 8,8%

Total de encargos sociais mensais 70%

As empresas pertencentes à categoria do Imposto Simples, deverão rever estas alíquotas.

o Horas Extras
Nas empresas onde a prática de horas extras já se tornou uma constante, deve-se considerar no mapa de custos, a média mensal dos custos e do número de horas trabalhadas.

o Depreciação
A depreciação representa o desgaste físico e técnico de um equipamento ou máquina, causado pelo seu uso ou defasagem tecnológica.
Considerar a depreciação mensal em seu mapa de custos é fundamental para repor o investimento e permitir que a empresa possa realizar substituições, mantendo-se atualizada tecnologicamente.
As duas possibilidades mais comuns para calcular a depreciação são a partir do valor atual de mercado ou valor do bem novo.

Ex.: Setor Offset ½ bi.

Valor de mercado - Residual = Depreciação/mês
Tempo

R$ 200.000,00 - R$ 60.000,00 = R$ 1.166,67
120 meses

Onde:
Valor de mercado = valor atual de mercado do equipamento, ou seja, seu valor para venda hoje.
Resisual = estimativa do valor de mercado do equipamento, ao cabo do período de utilização.
Tempo = número de meses correspondente à estimativa do tempo de utilização.

o Despesas
Consideremos no mapa de custos todas as despesas indiretas, com custos mensais ou médias mensais.

A seguir, apresentamos uma sugestão de agrupamento de despesas.
1. Prêmios de seguros : Custo mensal de todos os seguros que a empresa possua.
2. Aluguel : Mesmo as empresas que trabalhem em prédio próprio, deverão estimar o valor de Mercado do aluguel, afim de remunerar o capital investimento.
3. Imposto predial
4. Água e esgoto
5. Energia elétrica
6. Materiais auxiliares de produção : Materiais utilizados na produção que auxiliam no processo
produtivo.
Ex.: Colas, fitas adesivas, papel de embalagem, produtos químicos, etc.
7. Gastos gerais de manutenção : Materiais que auxiliam na manutenção dos equipamentos em
geral (óleos lubrificantes, gasolina, etc.), serviços de manutenção mecânica, elétrica, peças de reposição e reparos no prédio, entre outros.
8. Diversas despesas com pessoal : Despesas com assistência médica, farmacêutica, vale refeição, lanches, uniformes, treinamentos, festas de confraternização, etc. (Não considerar os custos descontados em folha de pagamento).
9. Materiais de limpeza e copa.
10.Honorários de diretoria : Retirada mensal da diretoria, com os encargos tributários somados ao valor.
11.Honorários profissionais : Despesas com assistência contábil, jurídica, assessorias, consultorias, etc.
12.Despesas com veículos : Despesas com combustível, lavagens, lubrificações, reparos mecânicos, elétricos, licenciamento, IPVA, peças, estacionamento, pedágio, etc.
13.Despesas com comunicações : Despesas com telefone, telegramas, correio, etc.
14.Associações de classe : Despesas com associações à sindicato, Abigraf, Associação Comercial, Federação das Indústrias, etc.
15.Propagandas e brindes : Publicações em jornais, páginas amarelas, propaganda em geral, além de provisão mensal para brindes.
16.Impressos e materiais de escritório : Despesas com suprimentos administrativos, guias de recolhimento, notas fiscais, etc.
17.Prestação de serviços bancários : Taxas provenientes de talões de cheques, cobrança, ordens de pagamento, etc. (Não considere aqui despesas com leasing de equipamentos ou custos financeiros provenientes de juros).
18.Assinatura de jornais e revistas : Assinatura de publicações de interesse da empresa, tais como, jornais, revistas, etc.
19.Conduções, táxis, carretos : Despesas com viagens à negócios, conduções de profissionais a trabalho da empresa, carretos de materiais internos, etc.
Os custos de pequenos carretos não deverão ser confundidos com o frete de compra de matéria-prima, cujo custo é direto e será acrescido à matéria-prima.
20.Despesas legais e jurídicas : Custos com registros em cartório, reconhecimento de assinaturas, autenticações, despesas com processos, etc.
21.Outras despesas indiretas : Provisão mensal para pequenas despesas esporádicas.

Para que as despesas possam ser distribuídas para os centros de custos, utilizaremos alguns critérios de rateio, a fim de distribuir o custo da despesa, proporcional ao seu uso.
Ex.: A despesa Aluguel deverá ser rateada pelo seu m² ocupado, ou seja, quanto maior o espaço físico ocupado pelo setor, maior será seu custo com aluguel.

Sugestão de rateio:


Critério de rateio
Despesas

Imobilizado : baseia-se no valor do equipamento/máquina existentes em cada CC.
o Prêmio de Seguros
o Gastos gerais de manutenção

Área ocupada : utilização do espaço disponível.
o Aluguel
o Imposto predial
o Água e esgoto
o Material de limpeza e copa

Rateio conforme aferição de consumo.
o Materiais auxiliares de produção

Número de funcionários
o Diversas despesas com pessoal

Consumo estimado de KW por CC
o Energia elétrica



As despesas administrativas, tais como, honorários de diretoria, propagandas e brindes, podem ser alocadas diretamente ao CC Administrativo.

o Horas Produtivas
As horas produtivas representam as horas que serão disponibilizadas no processo produtivo.

O CC poderá ser classificado com Hora Máquina ou Hora Homem.

Hora Máquina : quando a disponibilidade de tempo está associada ao equipamento produtivo, independentemente do número de pessoas alocadas.
Ex.: Setor Offset ½ bi. Estamos trabalhando com uma máquina em dois turnos, portanto, disponibilizamos 300 horas (1 máquina x 2 turnos x 150 horas cada).

Hora Homem : quando a disponibilidade de tempo está associada ao número de funcionários do setor.
Ex.:Setor Acabamento . Estamos trabalhando com três bloquistas, portando disponibilizamos 450 horas (3 funcionários x 150 horas cada).

Apresentamos uma sugestão para prática de horas produtivas:


1º Calcule o nº de horas disponíveis no ano
(52 semanas x 44 horas semanais)

2.288 horas/ano

2º Subtraia dez feriados (estimativa média) a 8,8 horas cada.
-88 = 2.200 horas/ano


3º Divida por doze meses
+12 = 183,3 horas/mês


4º Subtraia o nº. de horas improdutivas* (estimativa média)

-33,3 = 150 horas/mês


* Exemplo de horas improdutivas: manutenção, falta de energia, lubrificação, limpeza, paradas para lanche, etc.

o Custos/Hora
Representa o custo/hora dos setores que executam as atividades produtivas da empresa.

Como calcular:
Ex.: Setor Dobra.
Custo Fixo do setor + Rateio de CC Aux./Adm. = Custo/H
Horas Produtivas

R$ 2.764,00 + R$ 220,00 + R$ 1.534,00 = R$ 30,12
150

O custo/hora será um dos componentes a ser utilizado no processo de formação do preço de venda. Chamamos este componente de custo de transformação (número de horas para produção do produto x custo/hora).

Modelo de orçamento:

Custo direto (papéis, tintas, chapas, etc.) R$ 500,00 (a)

Custo de transformação
Montagem (2 horas x 22,37) R$ 44,54
Offset ½ bi (5 horas x 59,69) R$ 298,45
Dobra (2 horas x 30,12) R$ 60,24
Acabamento Manual (1 hora x 21,06) R$ 21,06

Total do custo de transformação R$ 424,49 (b)

Terceirizações (verniz UV, plastificação, faca, etc.) R$ 300,00 (c)

Total do custo de produção R$ 1.224,49 (a + b + c = d)

Lucros, Impostos, Comissões, Custo financeiro, etc R$ 775,51 (e)

Preço de Venda R$ 2.000,00 (d +e)

21 de fev. de 2008

Gaúchos Que Foram Trabalhar Na Bahia.

Os gaúchos costumam chamar popularmente de “baiano” todas as pessoas de fora do Rio Grande do Sul que não conhecem a cultura e os costumes campeiros. Quem não sabe andar a cavalo, por exemplo, mesmo nascido nos pampas, é logo tachado de “baiano”. Porém, nem se imagina o grande equívoco que se está cometendo. Tem baiano entendendo, e muito, de cultura gaúcha, freqüentando CTG, dançando em invernada artística, preparando churrasco e chimarrão e só não estão promovendo provas campeiras porque ainda não têm espaço adequado.
É assim no CTG Rincão da Saudade, em Salvador, fundado por gaúchos que residem na Bahia e que ensinaram a tradição rio-grandense a muitos baianos. Um dos integrantes do CTG é o caçapavano José Valmi Oliveira da Rosa, que há 30 anos mora na Bahia. Ele já foi membro da patronagem do CTG e fundou o jornal da entidade, o “Cultura Nativa”. É lá, a 3 mil quilômetros do Rio Grande do Sul, que ele está comemorando a Semana Farroupilha.
No Rincão da Saudade são promovidos bailes, rondas, missa crioula e alvorada. De 13 a 20 de setembro, vários baianos e gaúchos acampam ao redor do CTG, que tem vista para o mar. A Chama Crioula é acesa no Forte São Marcelo (antiga fortaleza onde o General Bento Gonçalves esteve preso) e conduzida por cavaleiros até o CTG. A entidade tem espaço de lazer, bolicho e salão de festas, e mantém a Escola Piratini, com aproximadamente 300 alunos. São crianças carentes que têm aulas de cultura gaúcha, aprendem as danças típicas e participam de um coral. O CTG completará 39 anos em dezembro e integra o Centro Gaúcho da Bahia, uma espécie de embaixada do Rio Grande na Bahia. Lá já se apresentaram artistas renomados do Sul, como Borguetinho, César Passarinho (falecido), Os Serranos e Gaúcho da Fronteira. Foi no Rincão da Saudade que José Valmi da Rosa (49 anos) pôde mostrar como são as festas do Rio Grande a sua esposa, a baiana Jerusa Iracema Iguaci Santil da Rosa (45 anos) e aos três filhos nascidos em Salvador: Diego Ribas (23), Clarissa Guadalupe (22) e Lara Isabela (19).
José Valmi saiu de Caçapava nos anos 70 para passar seis meses na Bahia a trabalho, como desenhista cartográfico da Companhia Vale do Rio Doce. Mas nesse período conheceu Jerusa, casou e ficou por lá até hoje, trabalhando na Companhia Baiana de Pesquisa Mineral. Mesmo longe da querência, segue cultuando as tradições gaúchas e transmitiu para os filhos e a esposa o amor pelo pago: - Minha mãe, baiana de Alagoinhas, sabe fazer comida campeira. E acho que Diego já nasceu pilchado – brinca Clarissa, que está em Caçapava com o irmão. Clarissa e Diego são fundadores da Invernada Artística Mirim “Os Desgarrados”, do CTG Rincão da Saudade. A baiana Clarissa também já foi 1ª Prenda do CTG, passando por provas de declamação, teórica (sobre a História e os símbolos do Rio Grande) e prática, em que precisa saber danças gaúchas e fazer comida típica. “Estudamos a sério a cultura gaúcha”, diz ela, relatando que os integrantes do CTG estudam desde a indumentária gaúcha, a gastronomia, as danças e músicas.
- A integração cultural do gaúcho e do baiano é muito forte. Em Salvador há o Bairro Imbuí, onde mais de 70% dos moradores são gaúchos. Há até a expressão “baiúcho”. Um dos nossos símbolos é o porongo, do qual se faz a cuia para o chimarrão do gaúcho e o berimbau do baiano – conta Diego, e acrescenta: “Andamos pilchados pelo Pelourinho. Mas algumas pessoas pensaram que fôssemos ciganos”.
Conforme Diego, os nordestinos gostam e admiram a cultura gaúcha, principalmente a dança e a música, que associam ao forró. “Hoje a maioria dos freqüentadores do CTG são filhos de gaúchos e pessoas sem nenhum vínculo com o Rio Grande. Há também a UTGN (União Tradicionalista dos Gaúchos do Nordeste), que realiza encontros anuais em diferentes Estados do Nordeste, e a cada ano há mais grupos nesses eventos”, relata.
O amor pela tradição gaúcha também virou negócio para a família de José Valmi. Ele e a esposa, que é promotora de eventos, montaram a empresa Pampa Eventos, que leva churrasco e shows folclóricos para as festas. “O churrasco na vala é um sucesso e até mudou alguns hábitos. Os baianos não gostavam de costela, chamavam de ‘chupa-molho’. Agora, depois de assada por um gaúcho, passaram a valorizá-la”, diz Diego.
Clarissa e Diego tem ido aos bailes no CTG Família Nativista e, se depender deles, o culto às tradições do Rio Grande e a integração de gaúchos e baianos só vai aumentar. “Nasci em Salvador, mas amo a cultura do meu pai”, afirma Diego. Clarissa está fazendo o caminho inverso ao do seu pai. Em janeiro, veio a Caçapava para fazer vestibular na UFSM. Conheceu o caçapavano Valter Fleck Saraiva, 25 anos, e se apaixonou. Em maio, eles casaram em Salvador e voltaram para cá. Em janeiro de 2005, será realizado o casamento religioso em Caçapava, que será um casamento campeiro, realizado na sede campestre de um CTG, com os noivos pilchados. Ele irá até o local a cavalo e ela, numa aranha (tipo de charrete). Mas também estará presente uma típica baiana de tabuleiro, para simbolizar a união das culturas